quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia cheio

ou das pequenas revoluções do dia-a-dia (com hífem mesmo?).

Dia 22 de abril, além de ser a data oficial da descoberta do Brasil é, a partir deste ano, a data em que eu descobri o almoço com marmita. Nessa quarta-feira voltei ao trabalho e como a alimentação ainda é super restrita trouxe marmita para o trabalho. Gostei da experiência, comidinha de casa é sempre comidinha de casa, né? Mesmo quando é feita praticamente como comida de hospital, ainda assim tem um certo apelo, algo que não dá pra explicar. Talvez seja ainda emoção por ter recem voltado a mastigar, talvez seja mesmo a comida de casa, vai saber. O fato é que gostei da marmita. Durante o dia, foi complicado conseguir conciliar todas as seis refeições que a nutricionista quer que eu faça com o trabalho, sei que é questão de tempo e de criar o hábito, mas por enquanto ainda é um pouco complicado.

A volta ao trabalho foi muito gostosa, reencontrei com os colegas de trabalho, todo mundo querendo saber como eu estava, como foi a cirurgia, quanto quilos eu já tinha perdido, uns comentavam que já dava pra perceber outros se assustaram com quanto peso eu perdi. Recontei as mesmas histórias várias e várias vezes, pra cada um que encontrava recomeçava toda a história e foi gostoso, falar da cirurgia, falar o quanto estou bem e o quanto foi fácil todo o processo é gostoso, soa quase como um troféu, uma conquista pessoal. O que todo mundo queria saber mesmo era quantos quilos eu já tinha perdido e por falar nisso , me pesei na farmácia ontem a noite: 143kg. Se a balança estiver correta, em 16 dias perdi 11kg. Quase 700gr por dia. Impressionante!

O dia no escritório passou super tranquilo. Estava preocupado que fosse me sentir sonolento e cansado, principalmente por ainda não poder tomar café. Mas o sono não veio e o cansaço não apareceu. Consegui trabalhar e não tive nenhum problema. Definitivamente estou recuperado.

Outra pequena revolução, vim dirigindo de casa pro escritório. Fazia tempo que não dirigia em dia útil, com trânsito de verdade e foi tranquilo também. A noite tive sessão com a psicóloga, comentei com ela como estava sendo fácil a recuperação e como estava surpreso com isso. Na verdade eu achava que seria algo muito mais sofrido, muito mais difícil e estava preparado pra ficar por mêses me fazendo de vítima e de coitadinho. E a recuperação é tão tranquila e tão rápida que me surpreendeu.

Só falta mesmo um tempinho pras caminhadas. Por enquanto elas são opcionais, mas estou sentindo falta. Vou precisar encaixar um horário na agenda pra caminhar, nem que seja só um pouquinho.

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