quinta-feira, 30 de abril de 2009

Eu quero muito!



Achei o máximo essa prateleira. Quero muito uma dessas pra mim. Não faço a menor idéia de onde poria uma dessas em casa, mas que eu quero eu quero!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Playing for change

Playing for change é uma ONG com um trabalho muito legal. Promover a paz e unir as pessoas através da música. Legal, né? Mais legal ainda a forma como eles se manifestam. O vídeo a seguir é só um dos vários que tem no site, vale a visita. Eles colocam músicos do mundo inteiro pra tocar a mesma música e fazem uma montagem só com os vários arranjos. O resultado é surpreendente.


segunda-feira, 27 de abril de 2009

5700

Só pra deixar registrado, hoje foram pouco mais de 5700 passos em volta do parque Severo Gomes, de novo a noite, na saída do escritório. Foram três voltas, melhor que na semana passada. Mas a última volta cansou bastante. Acho que cheguei no meu limite por enquanto.

O humor melhorou um pouco. Ganhei um apelido novo que se não me animou de vez pelo menos me fez dar boas risadas. Adorei o Gabujento viu Tio Gu!

domingo, 26 de abril de 2009

Insuportável

Hoje eu estou insuportável. Sem paciência, sem saco pro mundo.
Hoje eu odeio a dieta, não quero mais comer nada do que a nutricionista prescreveu.
Hoje eu tô num mau humor que ninguém merece.
Hoje nem eu tô me aguentando.
Hoje eu tô quebrado, falido. Sem grana pra fazer um programa.
Hoje eu tô sem ânimo, sem disposição, sem vontade de fazer nada.
E hoje tem Faustão na televisão.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

4736

Depois de quase uma semana sem caminhar, hoje na saída do trabalho parei no Parque Severo Gomes, na Granja Julieta e dei duas voltas completas no parque. Só não continuei pois no final da segunda volta senti um pouco de dor no corte que ainda está aberto, o corte onde estava o dreno. Hoje foram 4736 passos. Não sei quantos metros isso dá pois o pedômetro está descalibrado, mas isso também não importa. O importante é que voltei a caminhar e a audiência pode parar de dar bronca :p

Dia cheio

ou das pequenas revoluções do dia-a-dia (com hífem mesmo?).

Dia 22 de abril, além de ser a data oficial da descoberta do Brasil é, a partir deste ano, a data em que eu descobri o almoço com marmita. Nessa quarta-feira voltei ao trabalho e como a alimentação ainda é super restrita trouxe marmita para o trabalho. Gostei da experiência, comidinha de casa é sempre comidinha de casa, né? Mesmo quando é feita praticamente como comida de hospital, ainda assim tem um certo apelo, algo que não dá pra explicar. Talvez seja ainda emoção por ter recem voltado a mastigar, talvez seja mesmo a comida de casa, vai saber. O fato é que gostei da marmita. Durante o dia, foi complicado conseguir conciliar todas as seis refeições que a nutricionista quer que eu faça com o trabalho, sei que é questão de tempo e de criar o hábito, mas por enquanto ainda é um pouco complicado.

A volta ao trabalho foi muito gostosa, reencontrei com os colegas de trabalho, todo mundo querendo saber como eu estava, como foi a cirurgia, quanto quilos eu já tinha perdido, uns comentavam que já dava pra perceber outros se assustaram com quanto peso eu perdi. Recontei as mesmas histórias várias e várias vezes, pra cada um que encontrava recomeçava toda a história e foi gostoso, falar da cirurgia, falar o quanto estou bem e o quanto foi fácil todo o processo é gostoso, soa quase como um troféu, uma conquista pessoal. O que todo mundo queria saber mesmo era quantos quilos eu já tinha perdido e por falar nisso , me pesei na farmácia ontem a noite: 143kg. Se a balança estiver correta, em 16 dias perdi 11kg. Quase 700gr por dia. Impressionante!

O dia no escritório passou super tranquilo. Estava preocupado que fosse me sentir sonolento e cansado, principalmente por ainda não poder tomar café. Mas o sono não veio e o cansaço não apareceu. Consegui trabalhar e não tive nenhum problema. Definitivamente estou recuperado.

Outra pequena revolução, vim dirigindo de casa pro escritório. Fazia tempo que não dirigia em dia útil, com trânsito de verdade e foi tranquilo também. A noite tive sessão com a psicóloga, comentei com ela como estava sendo fácil a recuperação e como estava surpreso com isso. Na verdade eu achava que seria algo muito mais sofrido, muito mais difícil e estava preparado pra ficar por mêses me fazendo de vítima e de coitadinho. E a recuperação é tão tranquila e tão rápida que me surpreendeu.

Só falta mesmo um tempinho pras caminhadas. Por enquanto elas são opcionais, mas estou sentindo falta. Vou precisar encaixar um horário na agenda pra caminhar, nem que seja só um pouquinho.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Balanço dos primeiros quinze dias


A pouco mais de quinze dias atrás, em 06/04 dei entrada no hospital ai ao lado para fazer a gastroplastia. Eram 10:00h da manhã e eu estava me cagando de medo, nunca havia feito uma cirurgia antes, não fazia idéia do que me esperava.

Nesses quinze dias passei por várias emoções diferentes, medo antes da cirurgia, preocupação e desconforto após a cirurgia, ansiedade e tédio em casa durante a recuperação, empolgação a cada mudança na dieta, felicidade a cada visita, e-mail ou ligação que recebi dos amigos e parentes que me deram uma super força (tem hífem?) desde momentos antes da cirurgia até 10 minutos atrás.

A cada vez que subo na balança (e isso acontece umas 10 vezes por dia) e vejo que meu peso diminuiu vem a certeza que valeu a pena o sacrifício. Sacrifício? Bom, pra ser sincero eu achava que ia ser muito mais difícil do que realmente foi. Esperava uma recuperação dolorida, um período muito longo sem poder me alimentar direito, achei que ia sentir muita dor, enfim, eu estava preparado para um verdadeiro show de horrores e na verdade foi muito fácil. Claro, foi uma cirurgia, existem cuidados que devem ser tomados, não posso fazer tudo que gostaria, mas mesmo com as poucas restrições que ainda existem, hoje, quinze dias depois, posso dizer que minha vida está praticamente igual. Pouquíssima coisa mudou.

As mudanças mais perceptíveis são, tomar água de goles pequenos e constantemente, portanto preciso carregar uma "mamadeira" pra onde quer que eu vá. Achei que ia ser um grande incômodo, mas já estou completamente adaptado a essa situação, só falta batizar a "mamadeira", aceito sugestões nos comentários desto post. Outra coisa que mudou, foi a qualidade do sono. Parece brincadeira, mas já foi possível perceber que a qualidade do meu sono melhorou muito. Durmo melhor que antes da cirurgia, descanço mais durante a noite e até as crises de apinéia diminuíram. Até semana passada eu não podia mastigar, essa semana eu posso e muito. Essa é outra mudança, agora os alimentos devem ser mastigados milhares de vezes, a comida só pode ser engolida quando já estiver liquefeita na boca. Também achei que ia ser um problemão me adaptar a isso, mas o prazer de voltar a mastigar depois de quinze dias a base de líquidos foi tão grande que foi fácil encarar essa também.

Hoje saí pra passear e fui e voltei dirigindo, não foi um percurso muito longo, mas a quinze dias atrás eu nem imaginava fazer isso.

A recuperação da cirurgia é muito rápida a cada dia percebo diferença em alguma coisa. É impressionante. Não há arrependimentos.

A única decepção de todo o processo fica pela ausência do vídeo da cirurgia, era para o pessoal do hospital ter gravado todo o procedimento, mas alguém esqueceu de apertar o REC na hora e o DVD que me entregaram tá vazio. Ainda bem que foi só esse o erro perceptível que a equipe cirúrgica cometeu, né?

Usou o KERS?


Kers, é um dispositivo que as equipes de fórmula um podem utilizar a partir deste ano para aproveitar a energia acumulada durante as reduções de marcha e freadas para posteriormente alimentar um motor elétrico que despeja alguns cavalinhos a mais no carro, segundo as equipes, se bem utilizado pode ser eficiente para defender uma posição ou para conseguir uma ultrapassagem. A energia acumulada é suficiente para o acionamento do equipamento uma vez a cada volta e se o piloto não acionar o equipamento em uma volta não poderá acionar duas vezes na volta seguinta pois a bateria não guarda tanta energia assim.

A pergunta é: Onde foi que o Ronaldo escondeu o Kers dele?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ilha dos macaquinhos


Hoje fui caminhar sem o pedômetro. O celular estava sem bateria e portanto não faço idéia de quantos passos dei. Foram três voltas no quarteirão, melhor que na quarta-feira, pior que amanhã ;)
Terminei a terceira volta cansado, a dieta ainda é muito restritiva, com poucos carboidratos e portanto não tenho muita energia, mas tudo bem, pois o médico ainda não me liberou para fazer exercícios, as caminhadas deveriam ser assim mesmo, curtas e leves. Portanto, é lucro conseguir ir melhorando aos poucos.
A foto ao lado é da represa do Guarapiranga, com a ilha dos macaquinhos ao fundo. O visual é muito melhor ao vivo, a foto não faz justiça ao local, mas tudo bem, também não sou fotógrafo profissional.
A grande novidade do dia, fica pelo caldo de feijão do almoço. As mudanças na dieta são sempre muito, mas muito bem vindas. Qualquer alimento diferente que apareça é uma bênção.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lula & South Park


O episódio "Pinewood Derby" de South Park, coloca Lula no mesmo nível de importância de outros líderes mundiais como o presidente da França, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Mais uma prova de que o mundo vê o Lula de forma bem diferente da mídia tupiniquim.

Pra assistir ao episódio, em inglês e sem legendas, clique aqui.

Das pequenas alegrias

Hoje foi dia de consulta com a nutricionista, a dieta líquida acaba no próximo domingo. Semana que vem já posso comer comida sólida, quer dizer, mais ou menos sólida. Vou encarar purê de batatas, frango desfiado e fruta raspada ou amassada no garfo. Depois de duas semanas consumindo só líquidos será uma revolução. Não vejo a hora.

Outra alegria hoje foi encarar a balança novamente, na última segunda-feira eu havia pesado 147kg, hoje pesei 145,7kg. Já foram quase 10kg! Não tá ótimo?

Além disso tudo, teve mais uma boa notícia hoje. A partir de amanhã posso tomar caldo de feijão. Ô saudades de um feijãozinho. Tudo bem, é só o caldo, sem pedaços, sem bater no liquidificador, mas já é um gostinho novo, diferente da sopa.


quarta-feira, 15 de abril de 2009

Caminhando

Hoje consegui cumprir a promessa de dar duas voltas no quarteirão. Terminei a segunda volta um pouco cansado mas se forçasse daria pra completar uma terceira. Hoje foram 2285 passos, bem melhor que ontem. Amanhã vou tentar três voltas.

O local do passeio hoje foi esse ai da foto, lugar ruim pra andar, né?

terça-feira, 14 de abril de 2009

Primeira caminhada fora de casa

Hoje, pela primeira vez, desde a cirurgia, sai de casa para caminhar. Fui de carro até a represa que é bem pertinho de casa e dei minha primeira voltinha a pé pela vizinhança, foram 1472 passos confiantes em torno de um quarteirão inteiro, mas ao final me senti um pouco dolorido e resolvi parar. Amanhã vou tentar dar duas voltas no mesmo quarteirão.

O local onde escolhi pra andar é muito agradável, calmo, bonito e com vista para a represa de Guarapiranga. A cada saída vou registrar aqui o número de passos que dei e vou publicar também uma foto do lugar. A de hoje, pra quem não acredita que onde moro é praticamente zona rural, é no mínimo interessante. Uma das casas por onde passei resolveu adotar um bicho diferente como cão de guarda, olha só:

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Pronto pra cirurgia

Não é fofo o kit touquinha + avental do centro cirúrgico?


Os primeiros 5kg

Uma semana após a cirurgia e eu já perdi 5kg. Estou oficialmente com 147kg e já perdi duas bermudas.

Pois então, comemoremos!



A recuperação no hospital

06 de abril até 08 de abril

Logo na primeira vez que a enfermeira entrou no quarto para me medicar, depois do retorno da cirurgia, veio com antibióticos, remédio para o estômago, um monte de soro e morfina, como até aquele momento, todos os médicos, enfermeiros, auxiliares e até o pessoal da faxina, tinha sido muito simpático, atencioso e brincalhão com a gente, era natural fazer graça com os remédios, não era?

A Débora quando ouviu que eu ia tomar morfina logo perguntou para a enfermeira se não tinha uma dose extra para a acompanhante, a enfermeira tadinha, levou um susto tão grande que derrubou os medicamentos no chão. Ficou muito sem graça, disse que era um medicamento controlado, enfim, não levou na esportiva a brincadeira e ainda começou a implicar com a Débora, a partir dessa hora, toda vez que ela entrava no quarto, e ela entrou a noite inteira, ela dava um jeito de reclamar de alguma coisa e botar a culpa na Débora se o quarto estava muito quente, ou muito frio, ou muito abafado, ou muito iluminado, ou pouco iluminado... enfim, essa implicância tornou a primeira noite mais divertida.

No dia seguinte a instrução era soprar uma traquitana muito esquisita, que me lembrava um aquaplay sem água, afim de recuperar a capacidade pulmonar que a cirurgia retiraria e também andar pelos corredores do hospital pra soltar pum. É verdade, durante a cirurgia por videolaparoscopia é injetado um gás dentro do abdome e a maneira de se livrar dele é caminhando para estimular sua saída na forma de pum. E ai, eu caminhava pelos corredores do hospital e via outros gordinhos também caminhando e sabia que eles também estavam ali com a mesma finalidade então procurava manter-me sempre a frente dos outros gordinhos para não ter que respirar pum dos outros. Nesse dia a Débora precisou sair pra resolver uns assuntos da casa e eu tive várias companias no hospital, minha mãe, meu pai, minha irmã, minha sobrinha, todo mundo foi lá ficar um pouco comigo. Mesmo entre puns e sopradinhas a terça-feira passou bem, principalmente pq foi o primeiro dia em que eu pude beber líquidos novamente e isso ajudou muito a melhorar meu humor também.

A noite de terça para quarta foi a mais difícil, eu estava com dor nas costas de tanto ficar na cama e não achava uma posição confortável para ficar até que apareceu a santa morfina e eu consegui dormir.

Na quarta logo cedo, o Dr. Marcelo passou no quarto, e acertou minha alta para a hora do almoço. Definitivamente o pior já tinha passado.

sábado, 11 de abril de 2009

A cirurgia

06 de abril

Por volta das 13:00h um enfermeiro do centro cirúrgico veio me buscar para a cirurgia, me fez trocar de maca e lá fui eu, deitado com visão apenas para o teto do hospital a caminho do centro cirúrgico. Essa visão do teto é bastante incômoda, você não tem a menor idéia do caminho que está percorrendo, são apenas luminárias e forro, luminárias e forro, tudo sempre igual.

Quando cheguei ao centro cirúrgico a sala de cirurgia ainda não estava pronta para me receber, fiquei largado no meio de um corredor a espera da liberação da sala. Não devo ter ficado ali nem 10 minutos, mas pra mim pareceu uma eternidade. Foi então que alguém perguntou "Não tinha um pra essa sala aqui agora? Já foram buscar? Cadê?", e quando me viu soltou, "Ah, deve ser você, né?". Era eu. Ótimo começo.

Fui levado pra sala, e mais uma vez largado lá. Meu nervosismo era tanto que a minha vontade era levantar dali e sair andando de volta pro quarto, trocar de roupa e voltar pra casa. Não sei até agora como que não fiz isso.

Dali a pouco começou a chegar gente na sala de cirurgia e a coisa começou a ficar mais animada.

Pulei da maca para a mesa de cirurgia, uma mesa tão pequena que precisei me equilibrar nela. Depois, me amarraram na mesa e o anestesista começou a trabalhar, quando percebi já tinha uma equipe inteira, umas oito pessoas em volta de mim. Aqui e ali, ouvia as pessoas perguntando: "O Dr. Marcelo já chegou?", "Posso ir me escovar?", "Alguém sabe do cirurgião?". Ao mesmo tempo, um alarme disparava na sala toda vez que um aparelho media minha pressão, meu nervosismo era tamanho que minha pressão disparou, e como o cirurgião não chegava eu acabei perguntando em voz alta: "Esse filho da puta do Marcelo desistiu da cirurgia é?" e foi bem na hora em que ele entrou na sala. Puta vexame.

Com a equipe toda em volta de mim, a anestesia correndo solta eu fui apagando, apagando, e só me lembro de perguntar quantos corinthianos haviam na sala. Não tinha nenhum. Soltei mais um puta que o pariu e apaguei. Na sequência fui acordado e me pediram pra voltar para a maca. A sensação era de que nada havia acontecido, mas na hora de ir pra maca, senti dor então vi que havia sido operado mesmo.

Fui para  a recuperação e não sei ao certo quanto tempo fiquei ali. Lembro de cochilar e acordar várias vezes. E em uma das vezes que eu acordei alguém disse que eu estava bem de mais e que já podia ir para o quarto.

Perguntei as horas: "18:30h" responderam. Impressionante, roubaram minha tarde inteira! Mas pelo menos a cirurgia tinha passado.

Na volta pro quarto mais passeio com vista para o teto, mas agora não me incomodava mais. 

Cheguei no quarto e não tinha ninguém. Esperava que a Débora e meu pai estivessem por lá, mas estava tudo apagado, quieto, em silêncio. Na hora pensei: Alguém passou mal durante a minha cirurgia e foi parar no pronto socorro. Daqui a pouco sou eu quem vai ter que visitar doente, mas nada disso, logo os dois chegaram ao quarto. 

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A internação

06 de abril

Chegamos (eu e a Débora) ao hospital por volta das 10 da manhã, eu estava tenso, nervoso, ansioso e preocupado pra dizer o mínimo. Cumprimos com a burocracia e encontramos com o meu pai ainda na recepção do hospital.

Subimos para o quarto 211 e logo na sequência a enfermagem veio trazer um kit para a cirurgia que consistia de uma touquinha, um avental e um par de meias ridículos. Me vesti e deitei na cama. Me sentindo o sujeito mais ridículo do mundo, principalmente pq o avental era muito pequeno e não cobria o corpo todo. Na frente do avental haviam duas tiras de tecido que, por serem muito pequenas não puderam ser utilizadas para fechar o avental, que seria seu uso correto, então a Débora resolveu fazer um lacinho nas fitinhas, provavelmente para me entregar de presente ao cirurgião.

Logo na sequência o anestesista entrou no quarto para conferir algumas informações e checar alguns dados dos formulários que eu havia preenchido na internação e quando viu o lacinho já perguntou se a cirurgia era para mudança de sexo. E eu que já me sentia ridículo, passei a me sentir ainda mais ridículo.

Nada mais a fazer, era só esperar a enfermagem me levar para o centro cirúrgico.

De volta pra casa

08 de abril

Cheguei em casa ontem. Ainda sinto bastante desconforto com a cirurgia, estou ainda inchado e os movimentos mais simples geram bastante desconforto. Mesmo assim, estar em casa é sempre melhor do que no hospital.

A primeira noite na minha cama foi uma coisa maravilhosa, melhor até mesmo do que as noites a base de morfina na cama do hospital. Dormi quase que a noite inteira sem interrupções, acordei somente três vezes para tomar água com a boca seca e só senti dores quando me levantei.

Agora que estou sem soro na veia, a hidratação é complicada. Tenho que tomar água a cada 15 minutos, 20ml por vez. Mas como não sinto fome nem sede, acabo esquecendo. A solução é andar com uma garrafinha de água a tiracolo e ir bebendo líquido mesmo sem vontade, ficar desidratado é que não pode!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

De saída

De saída para o hospital, só deu tempo de tirar essa fotinho ai pra registrar o tamanho e a circunferência antes da cirurgia.

O peso atual: 152kg


Até a volta!

domingo, 5 de abril de 2009

I wanna be sedated

A cirurgia é amanhã, não tem mais nada pra fazer até lá. Fiz tudo que me foi pedido, já vi todos os profissionais que precisava ver, fiz todos os exames, tomei todos os remédios, enfim, só me resta esperar. E esperar é um saco. A música que escolhi pro último post antes da cirurgia fala exatamente da agonia do último dia antes de alguma coisa importante (no caso da música uma viagem) em que tudo já foi resolvido e só falta esperar... pelo menos espero ouvindo punk rock de primeira.


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Orgulho

Não tem nada a ver com minha decisão de operar, muito menos com a recuperação ou qualquer outra coisa. Mas é também um motivo para eu me orgulhar, afinal de contas, eu e o dono do mundo compartilhamos a mesma opinião sobre política internacional.